A bibliotecária Cristina Carvalho conta que, por trabalhar com um setor que lida com muitas informações e de várias áreas, viu, na V Semana Acadêmica de Propriedade Intelectual, uma oportunidade para ampliar seus conhecimentos. “Como é uma área multidisciplinar, que fala sobre ciência da informação, o meu curso dialoga com várias áreas. A ciência é a Propriedade Intelectual da gente, faz parte deste contexto, afinal de contas são informações, uma área que a gente trabalha e consegue dialogar com perfeição”, afirma.
Com o objetivo de fomentar a interação institucional sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, o evento acontece no Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), nesta quarta e quinta, 29 e 30 de maio. A realização é da Associação Acadêmica de Propriedade Intelectual (API); do Programa de Pós-graduação em Ciência da Propriedade Intelectual, da Universidade Federal de Sergipe (PPGPI/UFS) e do Instituto Federal de Sergipe (IFS); e do Parque Tecnológico.
A Sempi conta com ciclos de palestras, minicursos e visitas técnicas às imediações do SergipeTec: Incubadora Multisetorial; o Núcleo de Energias Renováveis e Eficiência Energética de Sergipe/NEREES; e o Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Tecnologias de Sergipe/CeTS.
Rodrigo Rocha, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), foi um dos palestrantes. Na sua exposição, ele destacou a experiência do sistema industrial como Propriedade Intelectual, mostrando que, ao longo dos anos, em especial de 2010 até hoje, este sistema tem realizado diversas ações voltadas à temática direcionada à classe empresarial, a fim de esclarecer e facilitar a relação dos empresários com o tema.
“O que temos feito é realizar cursos, treinamentos, palestras, publicações, em que a gente consiga colocar, de uma forma mais tranquila, transparente e ao entendimento dos empresários, para que os mesmos possam se apropriar do assunto. Estamos falando de patente, marketing, que são a vida de uma empresa e que se não tiver um cuidado e uma gestão de propriedade intelectual pode, simplesmente, ocasionar muitos problemas”, destaca o superintendente.
Segundo a presidente da API, Suzana Russo, a Associação é uma apoiadora do evento, desde a sua primeira edição, e vem tentando trazer uma aproximação da academia com o meio empresarial. “O Parque Tecnológico é o melhor lugar para que possamos nos aproximar da sociedade, dos empreendedores, empresários e do governo, seja o municipal, estadual ou federal. Nós trouxemos várias palestras sobre tecnologia e de como fazer registros. Isso vai facilitar, por exemplo, àqueles que já tem algum produto, que está inovando, ou que quer levar para o mercado, mas que não sabe como fazer para registrar, ou se proteger para que o outro não copie sua ideia”, relata Suzana.
Gestor de Projetos Sociais do SergipeTec, Vitor Vaz, explica que a inserção do Parque Tecnológico na comissão organizadora e local sede do evento serviu para mostrar à sociedade sergipana como funciona o local, além de apresentar os avanços dos estudos sobre propriedade intelectual. “Tudo ao nosso redor, diariamente, tem a ver com Propriedade Intelectual. Desde o registro de software, de marca, novos produtos e processos, até no segmento alimentício. Portanto, a ideia é conversamos e estudarmos como Sergipe, o Brasil e o mundo estão investindo em Ciência e Tecnologia, para poder inovar e ter o registro disso”, completa.
Durante o evento, foi demonstrado ainda que o SergipeTec atua no incentivo de inúmeras ações voltadas à tecnologia e inovação, como exemplificou o diretor técnico, Diego da Costa, que na abertura do evento, representou o diretor-presidente, Brenno Barreto. “A Semana Acadêmica de Propriedade Intelectual vem para estreitar e fortalecer a nossa interação entre a academia, as empresas e o mercado, já que o nosso propósito é unir esses três mundos setoriais, trabalhando em conjunto, visando principalmente, atrair novas empresas e organizações para esse movimento. Desta maneira, vamos contribuir para o desenvolvimento do nosso estado, especialmente, em termos socioeconômicos. Estamos muito felizes e honrados em recebê-los, e queremos fazer muito mais”, finaliza.